Moda infantil desde quando ?

Tem coisa melhor do que comprar roupa? E roupa pra nossas princesas então? Adoramos deixa-las lindas enfeitadas e maravilhosas. Mas podemos parar e nos questionar um pouco em relação a esse habito maravilhoso?

Cada vez mais nos deparamos com roupas de adultos na sessão infantil. No entanto o que parecem "roupas de adulto", na realidade são roupas direcionadas ao público infantil, são peças de "gente grande" feitas em tamanho menor para atender aos pequenos.


Durante muito tempo a moda infantil era realmente infantil. Hoje vemos nossas crianças vestidas novamente como mini adultos. Será que estamos regredindo? Será que estamos vestindo nossas crianças de acordo com sua idade respeitando sua necessidade de movimento e liberdade ?


Na Antiguidade, as roupas eram soltas e se adaptavam a cada tipo de corpo. Por isso, não havia um traje específico para crianças. Durante a Idade Média e por muitos séculos, pequenas botas e vestidos compridos constituíam o traje utilizado para crianças, que por sua vez, não se diferenciavam em trajes masculinos e femininos.

Com a evolução da moda, as roupas infantis passaram a se tornar imitações de roupas de adultos. Entre três e seis anos, a menina já se tornava uma mulherzinha e o menino, um homenzinho.

Olha nós aqui novamente!!!!!



No fim do século XVIII tem início a liberação da roupa infantil pois até aqui não havia um sentimento de infância. Elas nao passavam de adultos em miniatura.
Neste período, filósofos, sociólogos e pedagogos questionaram tal visão de infância. A infância passou a ser vista para eles como um estado com características próprias e por isso, a criança não devia se vestir como um mini adulto.

As crianças deveriam usar roupas folgadas, ao contrário dos desconfortáveis corset, sapatos de salto alto e chapéus enfeitados com flores e penas. Elas deviam estar livres e confortáveis para brincar, se mover com facilidade, por isso o ideal seria usar batas durante a maior parte do tempo.

Após muitos anos de luta para que as crianças tivessem este reconhecimento e pudessem ter a liberdade de se trajar de um modo adequado e que respeitasse seu crescimento.


Trajes infantis em algumas obras da Idade Média e do Renascimento